Filho de um arquiteto influente, Eisenstein estudou no Instituto de Engenharia Civil de Petrogrado quando era jovem. Com a queda do Czar em 1917, ele trabalhou como engenheiro para o Exército Vermelho. Nos anos seguintes, Eisenstein entrou para o Teatro de Proletkult em Moscou como cenógrafo e diretor.
O diretor do Proletkult, Vsevolod Meyerhold, tornou-se uma grande influência sobre Eisenstein, apresentando-o ao conceito de bio-mecânica ou espontaneidade condicionada. Eisenstein utilizou a teoria de Meyerhold junto com suas novas técnicas de montagem - uma sequência de imagens cujo efeito emocional total é maior que a soma de suas partes.
Com 26 anos ele filmou A Greve, mostrando que arte e política podiam andar juntas. Com 27, deu ao mundo O Encouraçado Potemkin, obra que é considerada, juntamente com "Cidadão Kane", de Orson Welles, das mais importantes na história do cinema.
Graças ao sucesso extraordinário do O Encouraçado Potemkin, foi chamado pela MGM e embarcou para os Estados Unidos. Só que seus projetos não decolavam, apesar de ter amigos poderosos como Chaplin e Flaherty.
Eisenstein resolveu então afastar-se de Hollywood e fazer Que Viva México, uma obra ambiciosa sobre a história de um país e sua cultura. Infelizmente, as filmagens foram interrompidas por problemas financeiros. Embora Eisenstein quisesse fazer filmes para o homem comum, sua intensa utilização de simbolismos e metáforas no que ele chamou de montagem intelectual, por vezes, fez com que perdesse a audiência.
Desolado, o cineasta voltou para seu país, mas nem a imprensa o perdoava por seu afastamento e pelo seu curto idílio capitalista. Quando sua carreira parecia perdida, entretanto, recebeu a ordem de filmar Alexandre Nevski, como uma peça de propaganda anti-germânica.
E, assim como já fizera no Potemkin, Eisenstein construiu uma obra-prima que está acima da ideologia. Com o prestígio recuperado, Eisenstein começou Ivã, o Terrível, que teria três partes. Mas então começou a II Guerra, e tudo se complicou, ficando somente em duas partes.
Com apenas sete filmes em sua carreira, ele e seus escritos teóricos demonstraram como um filme poderia ir além do teatro vitoriano - seu antecessor do século XIX - para criar conceitos abstratos com imagens concretas. O cineasta morreu de ataque cardíaco em 1948. Encontra-se sepultado no Cemitério Novodevichy, Moscou, na Rússia.
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