Emmanuel Goldenberg aos dez anos, deixa Romênia para ir junto com sua família para os Estados Unidos. Chegando em Nova York, estudou no City College, onde se formou. Como um bom aluno, conseguiu entrar na prestigiosa Universidade de Columbia, aonde ele já demonstra um interesse pelo mundo da interpretação, acaba ganhando uma bolsa de estudos da Academia Americana de Artes Dramáticas.
Muda seu nome para Edward G.(Goldenberg) Robinson, com o qual começa a fazer pequenas apresentações em 1913 em vários papéis no Vaudeville. Ele estreou na Broadway em 1915 e continuou ali durante os 15 anos. Ganhou reconhecimento trabalhando em um grande número de obras, incluindo o Mirone (1929), uma comédia em três atos escrita por Jo Swerling (que depois, na era de cinema sonoro, se tornou um dos escritores mais requisitados pelos estúdios).
Robinson participou de um filme mudo intitulado O Xale (1923) por John S.Robertson, mas não foi muito feliz e não apareceu no cinema novamente até 1929, com som já em plena floração. Depois de sua maravilhosa atuação em
Alma no Lodo (Little Caesar, 1931), de Mervyn LeRoy (uma interpretação que se tornou o modelo de gangster que, doravante, passou a ser interpretado em tela).
Ele foi o primeiro ator de Hollywood a fazer sucesso interpretando papéis de homens rudes, estilo que depois seria seguido por James Cagney e Humphrey Bogart, por exemplo. Robinson foi escalado por vários anos em funções semelhantes, mas em um curto espaço de tempo provou ser um ator excelente, capaz de dar vida a uma multidão de personagens diferentes.
Naqueles primeiros anos trinta, ele trabalhou com grandes diretores de Hollywood: Howard Hawks (O Tubarão, A Cidade sem Lei), de John Ford (Passaporte para a Fama) Michael Curtiz (
Kid Galahad), Anatole Litvak (The Amazing Dr..Clitherhouse,
Confissões de um espião nazista) ou William A.Wellman (Vingança de Buda).
A sua consagração com a crítica veio em 1949, quando, por sua recriação de Gino Monetti em Ódio Entre Irmãos, José L.Mankiewicz, ganhou o prêmio de interpretação no Festival de Cannes. Inspirado por um capítulo de um romance de Jerome Weidman, Mankiewicz reconstruiu em flashback, a vida de um imigrante italiano, interpretado incrivelmente por Robinson.
Os anos cinquenta foram prejudiciais para Robinson. Apesar de ter surgido como um dos artistas que ajudaram a causar um efeito patriótico durante a II Guerra Mundial, seu nome foi associado a organizações comunistas por informantes. Ele foi chamado para depor perante a House Un-American Activities Committee e foi declarado livre de qualquer suspeita. Mas o estrago já estava feito. Ele passou a ser chamado para filmes de baixo orçamento, com diretores não muito confiáveis.
Em 1956, ele foi forçado a vender a sua famosa coleção de pinturas impressionistas, uma das maiores e mais prestigiadas, para lidar com o divórcio de sua esposa, de 29 anos, atriz Gladys Lloyd. Decidiu sair do cinema por alguns anos e voltou à Broadway para atuar na obra de Paddy Chayefsky's Middle of the Night, que foi um sucesso retumbante. Na década de sessenta, mais uma vez passou a ganhar bons papéis no cinema.
Recebeu em 1972, um Oscar em tributo ao conjunto de sua obra e pelo seu gosto pela arte. Faleceu um ano depois, vítima de câncer aos 79 anos de idade. Encontra-se sepultado em Beth El Cemetery, Ridgewood, Condado de Queens, Nova Iorque nos Estados Unidos.
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